terça-feira, 16 de novembro de 2010
Projecto Alkantara- E-folio A Proj_Educ Depois de reflectido....
A base do Projecto Alkantara surge em 1997/1998, altura em que foi possível reunir uma vasta equipa de professores (Instituto Superior de Serviço Social de Lisboa, Universidade Lusófona, Instituto Superior de Ciências Politicas entre outros) pessoas de reconhecido mérito e interessados em preparar uma candidatura ao Programa Europeu “Leonard da Vinci” na Prioridade 3 desse programa, área “Lutar contra a Exclusão” através da elaboração de um Manual Social do Cidadão e da constituição de Mediadores para a Cidadania na zona ocidental de Lisboa – Alcântara.
O Projecto Alkantara – Associação de Luta Contra a Exclusão Social, enquanto associação foi fundado em 1999, como forma de responder ao desafio do Gabinete de Reconversão do Casal ventoso, entidade da responsabilidade da Câmara Municipal de Lisboa, para a implementação de um plano de apoio e acompanhamento directo à população do ex-Casal Ventoso que viria a ser realojada nos novos bairros (Cabrinha, Loureiro e Ceuta-Sul) da Avenida de Ceuta, em Lisboa.
Foi este o enquadramento que deu origem ao seu principal objecto programático, que passou por intervir contra a pobreza e os diversos tipos de exclusão.
O objectivo geral do Projecto Alkantara é o de ajudar a construir um novo espírito de cidadania colectiva e uma metodologia específica de orientação e informação pessoal e profissional para a população alvo com o propósito de aumentar as suas possibilidades de inserção laboral e a efectivação da sua cidadania;
A mudança de atitudes institucionais e colectivas face ao problema da exclusão social e da não participação na construção da cidadania.
Contribuir para a diminuição da exclusão social, mediante desenvolvimento de recursos de orientação próprios das grandes urbes e das regiões envolventes, que permitam igualdade de oportunidades.
Cooperação na potencialização administrativa dos recursos locais das estruturas públicas,
Construção e dinamização de espaços públicos de debate a partir de associações formais e/ou informais, que permitam viabilizar soluções para os problemas colectivos.
Embora o Projecto Alkantara, ao longo dos 12 anos de intervenção tenha vindo a trabalhar com toda a população do Vale de Alcântara, a maior frente de intervenção acabou por ser com os idosos dado que de entre a população em geral são, geralmente, os idosos os mais vulneráveis e aqueles que maiores risco de exclusão apresentam devido a possuir baixos rendimentos; níveis de relacionamento social muito reduzidos; a um aumento gradual de casos de solidão; desistência da vida; etc. De acordo com o Eurostat, 26% dos idosos portugueses apresentam graves dificuldades económicas. Em simultâneo são, também, os idosos os mais sujeitos às desigualdades inerentes a uma sociedade que prima e estimula desenfreadamente, a competitividade e o individualismo a qualquer preço.
Problemática: Exclusão social / pobreza da população do ex casal ventoso, em especial dos idosos.
Problema
Palavras chave: realojamento / pobreza / exclusão social / estratégias de intervenção.
O Projecto Alkantara – Associação de Luta contra a Exclusão Social, iniciou em 1999 um acompanhamento ao processo de realojamento da população do Ex Casal Ventoso, acompanhando o realojamento nos Bairros do Vale de Alcântara, iniciado no Bairro do Cabrinha e em 2002 estendendo-se aos bairro do Loureiro e Ceuta Sul.
O processo de realojamento encerra diversas problemáticas para além da questão da habitabilidade, pressupondo uma intervenção a nível dos ciclos de exclusão social que se vão perpetuando no tempo e atingindo dimensões mais visíveis entre a população da cidade de Lisboa.
A ligação do ex casal ventoso com a economia paralela associado a outras problemáticas como o analfabetismo, baixo nível de qualificação escolar e profissional, o abandono escolar precoce, entre outros, podem contribuir para que a perturbação da inclusão social, sendo que estas problemáticas também foram transportadas para o Bairro de realojamento do Cabrinha
Com o processo de realojamento surgiu também a oportunidade de intervir em situações de pobreza, podendo estas ser causa e consequência do mesmo problema: a exclusão social dos moradores face à sociedade em geral (a nível dos mercados de trabalho, escolas) e a nível das relações sociais (guetização dos bairros).
O realojamento implicou mudanças estruturais na vida da população do ex casal ventoso, em especial dos mais idosos, que com a mudança de casa, foram obrigados, também a mudar os seus hábitos de sociabilidade, podendo, muitas vezes cair na solidão e no abandono por não terem a capacidade de se adaptarem à nova fase das suas vidas.
Os idosos / reformados foram a população que mais careceu de uma intervenção e acompanhamento, pois muitos ficaram confinados ao seu apartamento sem relações interpessoais de vizinhança, por falta de adaptação ao novo contexto.
Assim o Projecto Alkantara – Associação de Luta à Exclusão Social perspectivou e concretizou uma intervenção psicossocial sistémica com áreas de apoio a nível da formação e alfabetização de adultos, apoio psicológico, apoio social, ocupação dos tempos livres, actividades pedagógicas, apoio domiciliário, entre outros apoios, tanto a nível individual com a nível do grupo.
Analise SWOT
Pontos fortes Pontos fracos
Interno ao Projecto A pertinência do apoio e acompanhamento da população do ex casal ventoso no processo de realojamento;
Experiências diversificadas dos mentores do projecto;
Oportunidade (realojamento);
Apoio do Gabinete de Reconversão do Casal Ventoso;
Politicas sociais que sustentam a existência das IPSS;
A mensurabilidade e exequibilidade dos objectivos propostos;
A parceria com o Gabinete de Reconversão do Casal Ventoso / CML.
Privação de recursos materiais e culturais relativamente aos conceitos de pobreza e exclusão social;
A possível dependência externa (dos apoios da CML);
A escassez de capacidade financeira e organizativa do estado para a concretização de políticas globais, eficientes e eficazes de protecção social.
Oportunidades Ameaças
Externos ao Projecto O Realojamento enquanto melhoria substantiva das condições habitacionais e, por esta via, das condições de vida
Criando requisitos fundamentais a uma maior promoção e integração sociais;
Pertinência dos objectivos da instituição e a adaptação à população Alvo;
Localização geográfica privilegiada;
Diversidade da oferta;
Intervenção sistémica;
Os potenciais ciclos de pobreza e exclusão social;
Alta incidência da economia informal; segmentação vincada do sistema de
Emprego;
Deficiência dos padrões de escolaridade e de qualificação profissional;
Perda de expressão, de importantes redes família solidariedade e entreajuda;
Dificuldades a nível da Condições de habitação, Condições de saúde, Educação;
Elevada taxa de analfabetismo da pop.residente em Santo Condestável;
Estigmas associados aos moradores do Ex. Casal Ventoso;
Elevado número de desempregados à procura de novo emprego ou seja desempregados de longa duração.
Abandono escolar em idades muito precoces.
terça-feira, 1 de junho de 2010
E-FOLIO-C
Nome: Paulo Matos
Aluno nº: 900970
Turma: 4
1. O desafio que se coloca na sociedade contemporânea é a capacidade de promover situações de ensino/aprendizagem conducentes ao desenvolvimento de competências, que se vão construindo ao longo da vida.
A fase adulta, caracteriza-se pelo cortar do “cordão umbilical”, entre a dependência familiar e a independência imposta pela sociedade, a nível social e monetário, de querer ser autónomo. Por isso, a entrada no mercado de trabalho é determinante, um dos factores mais importantes, é a valorização e ocupação profissional, influenciará a personalidade, vivência familiar, e concomitantemente as relações sociais.
A perspectiva tradicional da formação inicial, que precede o trabalho, tem que se adequar aos desafios colocados nos dias de hoje, face às múltiplas mudanças sociais, científicas e tecnológicas que caracterizam a sociedade contemporânea.
Os percursos dos caminhos de hoje, são feitos de decisões e o que cada um de “nós” é, é consequência dessas decisões e das acções adoptadas para efectivá-las.
Por trabalhar numa zona desfavorecida, pela existência de bairros sociais, multiétnicos sem qualquer estrutura de apoio social, onde muitas vezes são conotados, os seus residentes, pelos altos índices de criminalidade, urge apresentar projectos que façam uma inclusão desses jovens, para que não enveredem por caminhos à margem da sociedade.
Os saberes constroem-se, integrando os já obtidos, numa articulação entre o passado escolar e as aprendizagens adquiridas, numa dinâmica de construção de competências.
O desafio que me é proposto, prende-se com um projecto consistente e responsável, pela preocupação premente, face ao local, após ter feito um estudo prévio do índice de escolaridade dos jovens desse bairro, e das suas perspectivas futuras em relação ao mercado de trabalho, propôs-se que os mesmos se inscrevessem num curso técnico profissional, que alem de os habilitar a competências no mercado de trabalho, também lhes proporciona a finalização do ensino secundário. Como uma das dificuldades que existem no seio de comunidades desta índole, prendem-se com a baixa escolarização, pobreza extrema e deficiente comunicação, direccionou-se o curso, de forma a colmatar essas lacunas, valorizando a formação, direccionada para as áreas de serviços, como o atendimento ao público, procurou-se integrar essa camada da população, de forma cívica, proporcionando conhecimentos suficientes e autónomos e espevitar uma cidadania pró activa. Realçando as experiencias profissionais de cada um, quer seja pela aprendizagem ao longo da vida, para que possam ter um currículo que vá de encontro às necessidades do mercado de trabalho, em suma, promove-se a inclusão e o bem-estar social, o que só é possível, pela introdução desta mais-valia, que foram os Centros de Novas Oportunidades ao promoverem os RVCC, em muitas escolas do nosso país, em especial nesta, onde foi possível a realização deste desafio, a Escola Secundária Marquês de Pombal, em Lisboa.
De forma a ser reconhecida e validade as aprendizagens e as competências que resultaram de um processo de aprendizagem experiencial – que pressupõe a identificação das experiências e competências daí resultantes.
O reconhecimento do processo construtivo, e do seu percurso, reforça a autonomia, auto-estima e valorização intelectual dos jovens de hoje.
2. http://www.slideshare.net/secret/MbYlkj8KZCU7zv
3. Mapa conceptual
Referências Bibliográficas
- Como construir mapas conceptuais – site consultado em 25/05/2010, disponível em: http://biblioteca.esjbv.pt/ficheiros/dossier_aluno/mapas_conceptuais.pdf
- Morgado L. & Costa A. (2009) – Universidade Aberta – Tema 3 – Ciclo de Desenvolvimento Idade Adulta e Velhice – Texto 3 – “A Família como contexto de desenvolvimento humano”
- Tavares et. al. (2007) Psicologia do Desenvolvimento e da Aprendizagem, pp. 83-106
BEAUVOIR, Simone de. A Velhice. Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1990.
http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=7723
http://www.metodista.br/cidadania/numero-42/envelhecer-com-dignidade-e-qualidade-e-desafio-no-brasil/
http://refletindo.weblog.com.pt/arquivo/2005/02/as_tres_fases_d.htm
domingo, 2 de maio de 2010
sexta-feira, 30 de abril de 2010
e-fólio-B
Psicologia do desenvolvimento
Paulo Matos aluno nº 900970, turma 4
Ficha de leitura
Referência bibliográfica
Titulo:
“Factores de risco e factores de protecção ao desenvolvimento infantil: uma revisão da área “, artigo I do enunciado para e-fólio B.
Temas em Psicologia — 2005, Vol. 13, no 2, 91 – 103
Autores
Joviane Marcondelli Dias Maia - Universidade Federal de São Carlos
Lucia Cavalcanti de Albuquerque Williams - Universidade Federal de São Carlos
Data:
Defendido em 2002, numa Pós-Graduação em Educação Especial na Universidade Federal de São Carlos, com o título: "Capacitação de Conselheiros Tutelares: instruir para aprimorar", o qual foi apresentado na XXXVI Reunião Anual de Psicologia, em Salvador, Brasil em 2006, patrocinado financeiramente por “CAPES”.
Citação
“Uma criança que nasce num lar violento está exposta a factores de risco no seu desenvolvimento (Koller, 1999).”
Principais ideias
-Ao longo do excerto desta obra, somos confrontados, com um conjunto de estudos e análises, que apontam para a realidade que actualmente passam as crianças, os pré-adolescentes e adolescentes., sobre os factores de risco e protecção no desenvolvimento infantil. Faz uma relação entre violência infantil, traduzida em actos físicos, psicológicos e emocionais, com graves deficiências comportamentais por essas vítimas. Descreve-se também os factores de protecção do desenvolvimento infantil, para que desses conhecimentos, se traduzam soluções.
Resumo
Com a entrada do Estatuto da Criança e do Adolescente em 1990, este, visava um conjunto de direitos e deveres, em função da criança, protegendo estas de maus tratos e todas as formas de violência, levando a uma responsabilidade acrescida nos profissionais de várias valências, como na educação, saúde, e área social, para que estes denunciassem qualquer situação que deles fosse conhecida.
Face aos problemas de comportamento e estes sinalizados, há uma maior facilidade em actuar preventivamente, por ser uma preocupação constante da sociedade assegurar o bem-estar, segurança e integridade física da criança
Factores de risco, na população juvenil/adolescentes, tais como desordem comportamental e emocional, como são o abuso e a negligência, estão na ordem do dia, nas sociedades de Hoje. Esses factores e, todos os acontecimentos negativos por que passam as crianças, nessa fase vital, tendem a prejudicar ou mesmo inibir o desenvolvimentos físico, cognitivo/psicológico e social.
Para Holden e tal. (1998), uma criança que testemunhe agressões contra a mãe, será no futuro um marido/mulher agressor/agredida. Pode-se verificar que existe um nexo causa/efeito, uma vez que cerca de 70% dos pais que maltratam os seus filhos, foram maltratados também em criança. Contrariamente, quando o ambiente familiar é estável, a criança tem uma socialização capaz de desenvolver competências positivas que a inserem socialmente, interiorizando regras e normas que lhe possibilitarão participar nas transacções familiares, estando mais aptas a lidar com as adversidades que se apresentam. Estabilidade e confiança em si mesmo, leva a que se possa refugiar e apoiar não só em casa, como também na escola com os colegas e corpo docente, como factores de protecção no desenvolvimento infantil, para Garmezy (1985) classifica os factores de protecção em 3 categorias:”atributos disposicionais da criança”; “características da família”, e o” apoio social à criança e à família”.
A multidependência de diversos factores, como são o individual, familiar, escolar, entre outros, muitas vezes são por convivência do meio onde os mesmos estão inseridos, factores determinantes na resolução de problemas no desenvolvimento infantil.
Kumpfer e Alvarado (2003), o ambiente familiar positivo evita comportamentos de risco, promove a harmonia familiar, supervisiona e disciplina, de forma consistente a comunicação e transmissão de Valores.
Razões relevantes do tema
Pretende-se enumerar problemas e apontar soluções, assim como resoluções das problemáticas aqui vivenciadas, dentro de uma perspectiva mais formal, à luz dos direitos Humanos, pois é necessário desmistificar os vários problemas de violência em todos os vectores, tanto contra as crianças ao longo das suas fases, como à mulher, e esta enquanto Mãe, onde impera a desigualdade ainda patente entre os sexos. Realça-se também o esforço dos técnicos que acompanham estas situações no terreno, que não têm poupado esforços para eliminar todos os tipos de relacionamento abusivo, como são, (depressão, baixa auto-estima), transmitindo um conjunto de directrizes para que haja uma comunicação eficaz e assertiva, que possa aferir padrões não agressivos de comportamento, assim como a resolução de problemas sociais. As crianças expostas a quaisquer formas de violência, ou também, crianças cujo ambiente familiar, isso possa ocorrer, são susceptíveis de se tornar elas mesmas, agressivas ou excessivamente passivas no futuro, o que se pretende evitar. A violência doméstica traduz-se numa transmissão intergeracional destes problemas. Silva e Hutz (2002), assinalam que as crianças expostas à violência familiar, têm uma incidência maior de serem abusadas física e sexualmente, e comitantemente, o facto de a criança ter sido vítima de abuso (físico, sexual, psicológico e/ou negligência), aumenta as probabilidades de que venha a apresentar esse comportamento, quando os papéis se inverterem
Comentários
Aprendemos, que os profissionais em educação podem fazer a diferença, no reduzir da violência contra as crianças e mulheres, desprotegidos, portadores de anomalias físicas e psíquicas, de uma maneira sistémica, envolvendo a comunidade em geral, intervindo com a família. Progredir com pequenos passos, consegue-se alcançar grandes mudanças. Evoluir, passa por envolver a comunidade, prevenindo desta forma esta chaga que crassas, como são todas as formas de violência, para isso, é fundamental lutar afincadamente para que haja uma sociedade equitativa, justa e isenta de violenta. iÉ importante incutir desde cedo os direitos humanos no currículo escolar, para que se possa articular de forma sábia, os vectores, criança, família, sociedade, mas também o poder judicial, para dissuadir os que teimam em quebrar sistematicamente as regras.
Conclusão
Em suma, as condições de pobreza, falta de escolarização, mercado de trabalho extremamente competitivo, levam a que as mulheres com baixo nível educacional, que abandonam relacionamentos por violência, entram novamente noutro, este, também difícil, argumentando não ter outra alternativa para sustentar/educar os seus filhos.
Famílias destruturadas encontram sistematicamente na violência uma forma de despejarem nos outros, as suas frustrações. Urge abraçar esta causa, para que as crianças de hoje, possam ser os “Homens” de amanhã. A responsabilidade é enorme, assim como a esperança depositada, também, é.
Bibliografia
-MAIA, Joviane Marcondelli Dias e WILLIAMS, Lucia Cavalcanti de Albuquerque. Fatores de risco e fatores de proteção ao desenvolvimento infantil: uma revisão da área. Temas psicol., dez. 2005, vol.13, no.2, p.91-103.
-Textos de apoio da plataforma Moodle
http://www.sbponline.org.br/revista2/vol13n2/v13n2a03t.htm
http://querereperder.blogspot.com/, o meu Voki
terça-feira, 27 de abril de 2010
terça-feira, 30 de março de 2010
E-fólio A
E-FOLIO A
PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO
Paulo Matos, aluno nº 900970, turma 4
A). De uma forma simplista, ao termos uma percepção do capítulo 2.1 do manual em questão para a realização deste e-folio, temos que ter presentes dois subgrupos, como a influência no meio da hereditariedade, bem como as teorias explicativas do desenvolvimento humano.
Desta análise, existe uma inter-relação das suas dimensões biológica, sociocultural, afectiva, cognitiva e psicológicos, que resulta da compreensão da relação entre desenvolvimento humano, e a integração de uma multiplicidade de conceitos, situações e metodologias, que estão em constante actualização. Nesta perspectiva, é-nos dado a conhecer um conjunto de estudos, onde se pretende explicar a acção directa e determinante do meio e da hereditariedade, no desenvolvimento do “Individuo”, onde através de estudiosos, como Arnold
Gesell, Sigmund Freud, Erikson, John Watson, John Loke, Jean Piaget, A.S.Neil e Abrahan Maslow, estão na génese de várias teorias, tais como:
Psicanalista, onde Freud focaliza no seu trabalho clínico, os conflitos mentais inconscientes originados na infância, que considera a criança o pai do “Homem”.
Behaviorismo, onde o comportamento é observável, uma vez que o ser humano nasce sem ideias e concepções inatas, onde o meio ambiente tem um efeito causal nos pensamentos, comportamentos e sentimentos. Daqui se extrai o célebre conceito de “tábua rasa”, do filosofo John Luke (1632-1704), continuado por John Watson, que afirmara que “modelaria”uma criança na sua aprendizagem para ser o que a sociedade quisesse dela.
Cognitivo, protagonizado principalmente por Jean Peaget, que atravez da observação de diálogos entre crianças revolucionou as concepções de inteligência e desenvolvimento cognitivo, onde passa por compreender a evolução do conhecimento de forma estrutural, o Estruturalismo. Aqui o património genético tem a sua influência, reflectindo um processo dinâmico entre o organismo e o meio, pela adaptação, onde o indivíduo é o elo activo na construção do seu próprio conhecimento e realidade, daí o “ Construtivismo”. Destes factoresl, são realçadas a noção de “estádio”, que permite a adaptabilidade do sujeito ao meio, permitindo que este evolua de um processo simples, para um mais complexo, que assentam em quatro grandes factores, a saber; A hereditariedade e a maturação interna, a experiencia física e a acção sobre os objectos, a transmissão social e a equilibração progressiva, como principal factor do desenvolvimento. Lev Vigotsky, outro autor desta linha, preconiza uma distinção entre funções intelectuais “elementares”, como a memória, a percepção atenção e motivação, e as funções “elevadas”, estas especificamente humanas.
Humanismo, que surge para rebater as teorias Behavioristas e freudianas, que defendem, os humanistas, as pessoas tendem á espontaneidade, autodeterminação, são criativas, autónomas nas suas decisões, ao longo da sua vivencia. Cultiva-se o “Existencialismo”. Desta corrente destacou-se um proeminente humanista, Abrahan Maslow (1908-1970), onde cada pessoa tem necessidade de se auto-actualizar de forma inata, para um desenvolvimento total das suas capacidades, estabelecendo uma hierarquia que traduzia uma pirâmide, base e cume. Na base eram para as necessidades fundamentais, como a fisiológica e segurança, e no cume, as mais complexas, a auto realização. Esta teoria apresenta uma visão optimista da natureza humana, não deixando de ser fundamental esta aplicação na organização do trabalho.
Em suma, o indivíduo está votado para uma unidade biopsicossocial.
B) 1. O código genético possui todas as informações necessárias ao desenvolvimento de cada espécie, por isso o grau de desempenho e desenvolvimento é diferenciado biologicamente, em função do papel que os mesmos têm na sociedade/ natureza.Assim a criança apresenta diferentes graus de maturação e desenvolvimento pois estes encontram-se intimamente e directamente relacionados com a sua maturação psicomotora cognitiva e emotiva, sendo esta última a mais importante e condicionante, sendo essa condicionada em parte pelo meio envolvente ao contrário dos animais que a adquirem de modo inato e emocionalmente imaturo.
Essa correlação existe, porque a mesma baseia-se em estudos científicos que estabelecem essa correspondência
2. O meio psicossocial em que o “indivíduo está inserido, ira determinar o seu desenvolvimento, se esse meio é propício ao desempenho intelectual, com uma formação amplas a nível cognitivo, isso irá reflectir-se na sua personalidade, enquanto o oposto, “torna-o” amorfo, e o desenvolvimento é diminuído, já que tudo o que o rodeia, são exemplos negativos aos olhos da sociedade, mas que se traduz nefastamente, uma vez que não esteve em contacto com outras realidades, e aprendeu a executar o que viu, sem alternativas. Aqui a observação e o meio, educam o indivíduo.
3. A criança durante o seu crescimento recebe grande influência do mundo exterior e dos ensinamentos ou condicionantes a que se encontra sujeito. Se até um certo ponto pode ser possível «fabricar» um indivíduo, o seu perfil e os seus traços de personalidade têm igualmente grande influência nesse processo pois podem resultar como uma agravante condicionante ou mesmo como impedimento de algumas situações. Este assunto já foi claramente e exaustivamente explanado pela comunidade científica existindo várias provas ao longo da história mundial que podem comprovar a teoria apresentada.
4. A herança genética determinou a capacidade de aprendizagem e os «skills» inatos. O meio ambiente ira influenciar directamente o modo como esses «skills» se podem desenvolver
5. A importância da interacção entre factores hereditários e o meio na determinação do desenvolvimento do indivíduo tem sido reconhecida pelas mais diversas áreas da Psicologia. Penso que os factores hereditários e ambientais, devido à sua complexidade, são seguramente inseparáveis. O indivíduo nasce já com determinadas capacidades que os genes determinam, transmitidas pelos progenitores, mas o meio, e tudo a que a ele diga respeito, encarrega-se de o formar, de modo a ter um crescente desenvolvimento intelectual e de reacções aos estímulos.
Em suma, os dois em conjugação, mas o nurture irá ser determinante para o indivíduo, em conjugação com os seus traços de personalidade para que possa com sucesso alcançar as ferramentas que lhe podem permitir que o processo de aprendizagem decorra com sucesso
6.a) - Concordo; b) - Concordo; c) - concordo muito; d); -Discordo muito; e) discordo; f) – Concordo muito.
Bibliografia:
Tavares, José, et al. Manual de psicologia do desenvolvimento e aprendizagem, Cap. II porto Editora (2007)

