sexta-feira, 30 de abril de 2010

e-fólio-B

E-folio-B
Psicologia do desenvolvimento
Paulo Matos aluno nº 900970, turma 4
Ficha de leitura
Referência bibliográfica
Titulo:
“Factores de risco e factores de protecção ao desenvolvimento infantil: uma revisão da área “, artigo I do enunciado para e-fólio B.
Temas em Psicologia — 2005, Vol. 13, no 2, 91 – 103
Autores
Joviane Marcondelli Dias Maia - Universidade Federal de São Carlos
Lucia Cavalcanti de Albuquerque Williams - Universidade Federal de São Carlos
Data:
Defendido em 2002, numa Pós-Graduação em Educação Especial na Universidade Federal de São Carlos, com o título: "Capacitação de Conselheiros Tutelares: instruir para aprimorar", o qual foi apresentado na XXXVI Reunião Anual de Psicologia, em Salvador, Brasil em 2006, patrocinado financeiramente por “CAPES”.
Citação
“Uma criança que nasce num lar violento está exposta a factores de risco no seu desenvolvimento (Koller, 1999).”
Principais ideias
-Ao longo do excerto desta obra, somos confrontados, com um conjunto de estudos e análises, que apontam para a realidade que actualmente passam as crianças, os pré-adolescentes e adolescentes., sobre os factores de risco e protecção no desenvolvimento infantil. Faz uma relação entre violência infantil, traduzida em actos físicos, psicológicos e emocionais, com graves deficiências comportamentais por essas vítimas. Descreve-se também os factores de protecção do desenvolvimento infantil, para que desses conhecimentos, se traduzam soluções.
Resumo
Com a entrada do Estatuto da Criança e do Adolescente em 1990, este, visava um conjunto de direitos e deveres, em função da criança, protegendo estas de maus tratos e todas as formas de violência, levando a uma responsabilidade acrescida nos profissionais de várias valências, como na educação, saúde, e área social, para que estes denunciassem qualquer situação que deles fosse conhecida.
Face aos problemas de comportamento e estes sinalizados, há uma maior facilidade em actuar preventivamente, por ser uma preocupação constante da sociedade assegurar o bem-estar, segurança e integridade física da criança
Factores de risco, na população juvenil/adolescentes, tais como desordem comportamental e emocional, como são o abuso e a negligência, estão na ordem do dia, nas sociedades de Hoje. Esses factores e, todos os acontecimentos negativos por que passam as crianças, nessa fase vital, tendem a prejudicar ou mesmo inibir o desenvolvimentos físico, cognitivo/psicológico e social.
Para Holden e tal. (1998), uma criança que testemunhe agressões contra a mãe, será no futuro um marido/mulher agressor/agredida. Pode-se verificar que existe um nexo causa/efeito, uma vez que cerca de 70% dos pais que maltratam os seus filhos, foram maltratados também em criança. Contrariamente, quando o ambiente familiar é estável, a criança tem uma socialização capaz de desenvolver competências positivas que a inserem socialmente, interiorizando regras e normas que lhe possibilitarão participar nas transacções familiares, estando mais aptas a lidar com as adversidades que se apresentam. Estabilidade e confiança em si mesmo, leva a que se possa refugiar e apoiar não só em casa, como também na escola com os colegas e corpo docente, como factores de protecção no desenvolvimento infantil, para Garmezy (1985) classifica os factores de protecção em 3 categorias:”atributos disposicionais da criança”; “características da família”, e o” apoio social à criança e à família”.
A multidependência de diversos factores, como são o individual, familiar, escolar, entre outros, muitas vezes são por convivência do meio onde os mesmos estão inseridos, factores determinantes na resolução de problemas no desenvolvimento infantil.
Kumpfer e Alvarado (2003), o ambiente familiar positivo evita comportamentos de risco, promove a harmonia familiar, supervisiona e disciplina, de forma consistente a comunicação e transmissão de Valores.
Razões relevantes do tema
Pretende-se enumerar problemas e apontar soluções, assim como resoluções das problemáticas aqui vivenciadas, dentro de uma perspectiva mais formal, à luz dos direitos Humanos, pois é necessário desmistificar os vários problemas de violência em todos os vectores, tanto contra as crianças ao longo das suas fases, como à mulher, e esta enquanto Mãe, onde impera a desigualdade ainda patente entre os sexos. Realça-se também o esforço dos técnicos que acompanham estas situações no terreno, que não têm poupado esforços para eliminar todos os tipos de relacionamento abusivo, como são, (depressão, baixa auto-estima), transmitindo um conjunto de directrizes para que haja uma comunicação eficaz e assertiva, que possa aferir padrões não agressivos de comportamento, assim como a resolução de problemas sociais. As crianças expostas a quaisquer formas de violência, ou também, crianças cujo ambiente familiar, isso possa ocorrer, são susceptíveis de se tornar elas mesmas, agressivas ou excessivamente passivas no futuro, o que se pretende evitar. A violência doméstica traduz-se numa transmissão intergeracional destes problemas. Silva e Hutz (2002), assinalam que as crianças expostas à violência familiar, têm uma incidência maior de serem abusadas física e sexualmente, e comitantemente, o facto de a criança ter sido vítima de abuso (físico, sexual, psicológico e/ou negligência), aumenta as probabilidades de que venha a apresentar esse comportamento, quando os papéis se inverterem
Comentários
Aprendemos, que os profissionais em educação podem fazer a diferença, no reduzir da violência contra as crianças e mulheres, desprotegidos, portadores de anomalias físicas e psíquicas, de uma maneira sistémica, envolvendo a comunidade em geral, intervindo com a família. Progredir com pequenos passos, consegue-se alcançar grandes mudanças. Evoluir, passa por envolver a comunidade, prevenindo desta forma esta chaga que crassas, como são todas as formas de violência, para isso, é fundamental lutar afincadamente para que haja uma sociedade equitativa, justa e isenta de violenta. iÉ importante incutir desde cedo os direitos humanos no currículo escolar, para que se possa articular de forma sábia, os vectores, criança, família, sociedade, mas também o poder judicial, para dissuadir os que teimam em quebrar sistematicamente as regras.
Conclusão
Em suma, as condições de pobreza, falta de escolarização, mercado de trabalho extremamente competitivo, levam a que as mulheres com baixo nível educacional, que abandonam relacionamentos por violência, entram novamente noutro, este, também difícil, argumentando não ter outra alternativa para sustentar/educar os seus filhos.
Famílias destruturadas encontram sistematicamente na violência uma forma de despejarem nos outros, as suas frustrações. Urge abraçar esta causa, para que as crianças de hoje, possam ser os “Homens” de amanhã. A responsabilidade é enorme, assim como a esperança depositada, também, é.
Bibliografia
-MAIA, Joviane Marcondelli Dias e WILLIAMS, Lucia Cavalcanti de Albuquerque. Fatores de risco e fatores de proteção ao desenvolvimento infantil: uma revisão da área. Temas psicol., dez. 2005, vol.13, no.2, p.91-103.
-Textos de apoio da plataforma Moodle
http://www.sbponline.org.br/revista2/vol13n2/v13n2a03t.htm
http://querereperder.blogspot.com/, o meu Voki

Sem comentários:

Enviar um comentário